No início de dezembro, pouco mais de três meses depois de o Museu Nacional ter sido quase totalmente destruído por um grande incêndio em 2 de setembro, a direção da instituição anunciou ter resgatado cerca de 1.500 itens em meio aos escombros da tragédia. São peças que estavam em exposição ou compunham o acervo das coleções da instituição, além de equipamentos, objetos pessoais e fragmentos arquitetônicos. Da coleção de arqueologia egípcia, foram encontrados, por exemplo, um conjunto de shabtis (miniestatuetas funerárias), bronzes representando deuses e uma estela (placa de pedra com inscrições) proveniente da antiga cidade de Abidos. Itens de outras coleções arqueológicas, como a mexicana, a brasileira, a pré-colombiana e a da imperatriz Teresa Cristina (1822-1889), também foram achados. Do acervo de etnologia indígena, foram encontradas duas bonecas karajá, um vaso decorado de procedência ignorada e uma cerâmica. Da geologia, amostras de minerais e um meteorito foram retirados dos destroços do incêndio. Em outubro, técnicos do museu tinham encontrado um fragmento do fêmur e pelo menos 80% do crânio de Luzia, de cerca de 11 mil anos, uma das peças mais importantes da instituição.
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