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HISTÓRIA

Naufrágios guardam história da escravidão

Kean Collection / Archive Photos / Getty ImagesIlustração do século XIX de um navio negreiro britânicoKean Collection / Archive Photos / Getty Images

Arqueólogos das Bahamas, no Caribe, mapearam os destroços de 14 navios que faziam o comércio de escravizados entre a África e as Américas, naufragados entre 1767 e 1860, de acordo com relatório divulgado pelo Museu Marítimo das Bahamas. Eles transportavam entre 15 e 400 pessoas cada um, de acordo com registros históricos, e eram em grande parte dos Estados Unidos. Outros 39 barcos naufragados, identificados no relatório, carregavam itens importantes para a economia do açúcar. O trabalho foi feito por pesquisadores do museu, fundado pelo grupo Allen de Exploração Arqueológica, uma iniciativa do empreendedor norte-americano Carl Allen. Mais de 90% da população atual das Bahamas descende de africanos, que começaram a ser levados para lá em 1721. A maior parte dos navios localizados parece ter afundado enquanto navegava para o sul rumo aos canaviais cubanos. As localizações dos destroços indicam que as Bahamas foram uma encruzilhada importante entre a África, o sudeste americano, Cuba e o golfo do México. O próximo passo é mergulhar para examinar os indícios arqueológicos que os destroços ainda preservam (Live Science, 29 de fevereiro).

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