
sergeyryzhov / Getty ImagesCarnes processadas favorecem o surgimento de diversos tipos de câncersergeyryzhov / Getty Images
Quanto maior a renda, maior o consumo de alimentos ultraprocessados, concluiu uma pesquisa das faculdades de Saúde Pública e de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O apego a refrigerantes, salsichas, presuntos, biscoitos recheados, refeições congeladas, macarrão instantâneo, molhos prontos e outros produtos industrializados ricos em gorduras, açúcar e conservantes foi maior entre os moradores de capitais e dos estados do Sudeste e Sul e menor em áreas rurais e nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. A análise abrangeu os 5.570 municípios brasileiros, com base em dados do Censo Demográfico de 2010. Os municípios com menor consumo são Aroeiras do Itaim (PI), com 5,75% de ultraprocessados no total de calorias per capita diária, Dois Irmãos (TO), com 5,83%, e Monte Santo do Tocantins (TO), com 5,87%. Os com maior consumo estão em Santa Catarina: Florianópolis (30,5%); São José (28,3%); e Balneário Camboriú (27,8%). Todos os municípios do estado de São Paulo registraram valores acima de 18% e a capital 25,5%, pouco abaixo dos 25,7% de Salvador (BA). O Guia alimentar para a população brasileira recomenda que se prefira alimentos in natura ou minimamente processados aos ultraprocessados, aos quais se atribui maior risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares a quem os consome com regularidade (Revista de Saúde Pública, 27 de junho).
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