Na última década, a técnica de edição de genes conhecida como Crispr-Cas9 despontou como promissora não só para tratar doenças de origem genética, mas também para gerar bebês sem essas anomalias. Esse segundo objetivo ainda não está à vista, concluíram os participantes de uma conferência sobre edição genômica realizada em março, em Londres, no Reino Unido. Os organizadores afirmaram que os experimentos de edição hereditária em embriões não se mostraram seguros. Depoimentos durante o encontro deixaram claro que o corte das duas fitas de DNA para a substituição de trechos ainda tem efeitos incontroláveis e é desejável fazer mais estudos em laboratório com edição de células reprodutivas para um melhor entendimento do desenvolvimento embrionário. Já a edição genética em células adultas foi reconhecida como um avanço importante para tratamento de doenças como a anemia falciforme (Nature, 10 de março).
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